domingo, 27 de novembro de 2011

Fado é Património Imaterial da Humanidade

A UNESCO aprovou hoje o FADO como Património Imaterial da Humanidade.
Vê o vídeo que serviu para apresentar a candidatura deste emblema da nossa cultura. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Árvore Generosa



A Árvore Generosa
, de Shell Silverstein, é um belo poema de amor da Natureza pelo Homem. Foi publicado pela primeira vez em 1964 e está traduzido em mais de trinta línguas.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Conto popular - O Soldado que foi para o Céu

Ia uma vez um soldado para casa com baixa; quando ao passar por uma ponte encontrou um pobre de pedir, que não tinha dinheiro para pagar a passagem e estava ali parado. Ora o soldado nunca tinha feito bem a ninguém; mas naquele instante teve pena do velhinho e carregou com ele às costas e passou a ponte. O soldado não pagou nada porque ia às costas do soldado. Logo que chegou ao outro lado, pôs o velho no chão, e ia despedir-se dele, quando o pobre lhe disse:
− Camarada, peça alguma coisa, que o que eu quero é agradecer-lhe.
− Ora o que lhe hei-de eu pedir?
− Peça tudo o que quiser.
O soldado pediu: Que todas as vezes que disser: "Salta aqui à minha mochilinha!" nenhuma coisa deixe de obedecer à minha ordem. E que onde quer que eu assente ninguém me possa mandar levantar.
O velho disse-lhe que estava concedido. Foi-se o soldado muito contente para casa e nunca mais trabalhou, e viveu bem, sem lhe faltar nada. Se queria pão, carne, vinho, dinheiro, dizia: "Salta aqui à minha mochilinha", e tinha logo tudo o que era preciso. Veio o tempo e o soldado estava para morrer; os Diabos vieram logo para lhe levarem a alma, mas o soldado viu-os e gritou: "Saltem aqui já à minha mochilinha!". Os Diabos não tiveram remédio senão obedecer; ele assim que os apanhou dentro da mochila mandou-a a casa do ferreiro para que lhe malhasse em cima até os deixar em estilhas. Por fim o soldado morreu, e como tinha passado sempre na má vida, foi parar ao Inferno. Os Diabos assim que o lá viram começaram a gritar:
− Fecha portas e postigos, senão seremos aqui todos batidos.
E aferrolharam as portas, e o soldado não pôde entrar para lá; foi então bater às portas do Céu. São Pedro assim que o viu, disse-lhe:
− Vens enganado! Não entras cá. Não te lembras da má vida que levaste?
Responde-lhe o soldado:
− Ó Senhor São Pedro! no Inferno não me quiseram. Eu agora para onde hei-de ir?
− Arranja-te lá como puderes.
O soldado viu meia porta do Céu aberta, e pega no barrete e atira-o lá para dentro, e disse:
− Ó Senhor São Pedro, deixe-me ir apanhar o barrete.
O soldado viu meia porta do Céu aberta, e pega no barrete e atira-o lá para dentro, e disse:
− Ó Senhor São Pedro, deixe-me ir apanhar o barrete.
São Pedro deixou; mas o soldado assim que o viu dentro do portal, sentou-se logo na cadeira dele. São Pedro quis mandá-lo sair mas não pôde e foi dali à pressa queixar-se a Nosso Senhor, que lhe disse:
− Deixa-o entrar Pedro, não tens outro remédio, porque assim lhe estava prometido.
E o soldado sempre ficou no Céu.

Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português

Provérbios

Completa os seguintes provérbios:

1. Em terra de cegos quem tem um olho é _________________.

2. Quem canta seus __________________ espanta.

3. Mais depressa se apanha um __________________ do que um coxo.

4. Cesteiro que faz um cesto faz __________________.

5. Cada terra com seu uso, cada roca com seu _________________.


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Breve história do conto popular português

Um dos primeiros pedidos que a criança, em idade de verbalizar e perceber o real, faz ao seu círculo familiar e educacional, é a expressão quase universal: "Conta-me uma história".

E acontece que, desde a noite dos tempos, os Homens contam. Sem recorrer à escrita, mas transmitindo, de boca em boca, histórias cheias de aventuras, de personagens simples e coisas maravilhosas. Estas histórias, que constituem o "tesouro dos contos" e que se encontram em todas as culturas e sob formas diversas, tornam-se para nós a nossa memória colectiva, exprimindo-se pela sua originalidade e também pela universalidade das nossas culturas nacionais.

Tempos houve em que esta memória colectiva era transportada por homens e mulheres cuja espécie está em vias de extinção na maior parte dos povos: os contadores de histórias.

Devido a factores culturais e sociológicos, o contador popular, muitas vezes iletrado, tornou-se uma espécie de personagem mítica e longínqua.

Contudo, reconhece-se que há uma dezena de anos para cá assiste-se ao nascimento de uma nova geração de contadores que retomam o tesouro do passado, o enriquecem, o renovam e levam os contos um pouco por todo o lado. A salvaguarda dos Contos Populares, e por conseguinte da memória de um povo, está também ligada à escola, à criança, àqueles que cresceram com eles, aos educadores e professores, tornando-se assim os guardiões do tempo, os contadores de histórias de hoje.

É verdade que as crianças de hoje vivem num mundo que em nada se parece com o mundo dos Contos Populares, um mundo de uma sociedade antiga e rural. E a primeira virtude dos Contos Populares é a de fazer com que a criança mergulhe de novo numa cultura esquecida e perdida.

Os verdadeiros contos são anónimos, de origem longínqua e difícil de temporizar. Classificam-se como sendo uma pequena narrativa simples que não entra em pormenores e reduz ao máximo a acção, o tempo e o espaço.

Passados de geração em geração por via oral, os Contos Populares fornecem uma explicação do mundo, são a expressão de terrores e esperanças mais profundos, são uma escola de sabedoria, uma essência primordial em que cada povo foi depositando os seus medos, as suas angústias, os seus protestos, a sua crença num mundo melhor.

A sua oralidade levou a que existissem versões diferentes de um mesmo conto. Porém o essencial do conto mantém-se inalterável.

Os Contos Populares tiveram os seus admiradores intelectuais que a eles se dedicaram numa investigação exaustiva e posteriormente a edição em colectâneas.

O primeiro que provavelmente se interessou foi Gonçalo Trancoso, que em 1575 reuniu textos da tradição oral e textos de origem erudita, chamados Histórias de Proveito e Exemplo.

É de lembrar, ainda, a colecção de romances populares elaborados por Almeida Garrett.

Em finais do século XIX, o interesse pelo conto popular cresce e assiste-se à preparação de grandes colecções de tradições populares recolhidas directamente da oralidade do povo.

Assim destacam-se Adolfo Coelho com Contos Populares Portugueses, em 1897; Teófilo Braga com Contos Tradicionais do Povo Português, em 1883; Consiglieri Pedroso com Contos Populares Portugueses, em 1910. Também, em 1987, Ana de Castro Osório editou um livro intitulado Para Crianças.

Actualmente verifica-se um maior interesse, por parte de alguns autores, na compilação e reedição de contos populares.

Assiste-se assim ao avivar da memória e tesouro popular de um povo, que afinal é nosso, e que caracteriza a nossa História e acentua a nossa cultura. Memória que é necessário salvaguardar, transmitindo-a às crianças e tesouro que se descobre de novo; conquistamo-lo e nunca mais o queremos perder.

Fonte: 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Identifica os tipos e formas das seguintes frases:

1. Obélix e Astérix vão à praia.
2. Obélix e Astérix vão à praia?
3. Obélix e Astérix vão à praia!
4. Obélix e Astérix, vão à praia.
5. Obélix e Astérix nunca vão à praia.
6. Obélix e Astérix vão mesmo à praia.